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Governador Tarso Genro dá nota 6 para o próprio governo



governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta quinta-feira, afirmou, entre outras coisas, que o Estado possui grandes problemas em saúde e segurança, e conceituou o seu governo como "regular".

O conceito dado à sua administração, com nota 6, se baseia, segundo o governador, no tipo de administração adotado, sem criação de fatos noticiosos e com grande dificuldade provocada pela dívida. Falando sobre a questão das estradas gaúchas, o governador lamentou haver estradas muito ruins, principalmente na Serra, e salientou que a demora na liberação de recursos devido aos controles da administração pública.

— Pelo Crema 1 (Cronograma de Restauração e Manutenção de Rodovias) são 200 quilômetros de estradas a serem mantidas, pelo Crema 2 serão mais 300 quilômetros e, no ano que vem, serão mais 1,7 mil quilômetros. À medida em que fomos assumindo as estradas, vimos o quanto estavam sendo mal mantidas, qualquer chuva abre dezenas de buracos.

Sobre a transferência da administração das rodovias federais pela União, o governador afirmou que, segundo informação do Ministério dos Transportes, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deve assumir as rodovias em 60 dias.

Na saúde, o governador avalia que o encaminhamento da aérea é inédita. Lembrando que o Estado é um "repassador dos recursos e organizador do sistema", afirmou que a meta do Estado é investir 12% da receita em Saúde, o que resultaria em R$ 2,7 bilhões a serem divididos pela secretaria de Saúde e os municípios.

O anúncio de que o RS receberá 119 médicos pelo programa Mais Médicos, do governo federal, foi bem recebido pelo Piratini. Tarso ressaltou que "andando pelo interior e até em Porto Alegre, se vê que as pessoas precisam de médicos, principalmente no atendimento de saúde básica".

Na entrevista, ele ressaltou que, se conseguir cumprir a meta, terá dobrado o investimento na área entre 2010, quando foi investido R$ 1,4 bilhão. Tratando sobre adívida gaúcha de mais de R$ 47 bilhões, apresentada em reportagem especial de Zero Hora, o governador salientou a importância do projeto, que seaprovado permitirá a extinção da dívida até 2027, com a renegociação das prestações, e chegou a elogiar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

— Essas prestações mensais asfixiam o Estado. A presidente Dilma teve o comportamento muito positivo, assim como o Fernando Henrique Cardoso teve, mas naquele momento havia o fantasma da inflação.

Ainda sobre as dívidas, Tarso lamentou o comportamento do líder do PMDB, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que impede o avanço do projeto no Congresso. Para o chefe do Executivo gaúcho, esse posicionamento é contrário aos interesses dos estados:

— Se o PMDB não votar, a aliança estará esgotada — sentenciou sobre a participação do partido no governo federal.

Quanto ao passe livre para estudantes, Tarso afirmou que a conta deve ficar com o contribuinte, embora as secretarias do governo já estejam sendo preparadas para cortar alguns custeios. Para ele, a implementação do projeto é correta, pois seria uma resposta a um "grande movimento social, queremos dar exemplo ao país sobre como tratar esse movimentos".

Quanto ao piso do magistério gaúcho, ele disse que aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal sobre qual índice de reajuste será seguido, e afirmou que em 4 anos houve 56% de aumento real nos salários dos professores.
ZERO HORA
Postado por Levi de Oliveira
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