Notícias

6/recent/ticker-posts

Gaúcho cria máquina de chimarrão expresso e quer lançar no mercado em 2016

Louvânio Vaz, diretor da empresa gaúcha Gemini, ao lado da máquina
Quem teve a ideia, claro, foi um gaúcho. Danino Heinen passeava 
por um shopping de Porto Alegre quando sentiu falta de erva; pensou
 que seria bom se houvesse uma máquina para fornecer a matéria-prima 
exata para uma roda de mate, como aquelas que vendem refrigerante, 
café ou salgadinho em locais públicos. Assim nasceu o chimarrão expresso.

"É muito difícil encontrar erva-mate em locais públicos e, quando tem,
 só em embalagem de um quilo, que não é prática para quem está na rua. 
Foi daí que surgiu a ideia de desenvolver o equipamento", explica Heinen. 
Além de consumidor de chimarrão, ele é gerente de Marketing 
da produtora de erva-mate Elacy.

O equipamento foi desenvolvido pela Gemini Equipamentos e Automação
 Industrial, empresa da cidade de Venâncio Aires, a 134 quilômetros de 
Porto Alegre e considerada a capital do chimarrão. 

O único protótipo do invento está sendo testado na Expointer, 
feira agropecuária que acontece até domingo (6) em Esteio, na região 
metropolitana de Porto Alegre. 

A estimativa da fabricante é que a máquina comece a ser vista em shoppings,
 rodoviárias e faculdades do Rio Grande do Sul a partir de janeiro de 2016.

Funciona com moedas


O funcionamento é semelhante ao de outras máquinas de venda: 
o cliente insere moedas de R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0,50 ou R$ 1 e o 
equipamento libera um sachê de erva-mate.

O formato desenvolvido pela Gemini trabalha com embalagens
 de 200 gramas --o suficiente para duas rodas de chimarrão, 
dependendo do tamanho da cuia. Cada uma custa R$ 2. 

Por mais R$ 0,10, o chimarrão expresso libera água quente por 
um período de 90 segundos para abastecer as garrafas térmicas. 
A água é servida a 72ºC, considerada a temperatura ideal para o chimarrão.

No display há espaço para quatro tipos de erva, que podem ser da
 mesma marca ou de características diferentes --mais fortes ou 
mais suaves, por exemplo. A capacidade da máquina é de 80 pacotes,
 num total de 16 quilos. 

Promover o consumo de erva no RS


A máquina de mate autosserviço foi adotada pelo Sindicato das Indústrias 
Ervateiras do Rio Grande do Sul (Sindimate).

Para as produtoras, a invenção ajuda a promover o consumo de erva no 
Estado --em queda há dois anos, desde que o preço final ao consumidor
 teve aumento médio de 50%.

O Rio Grande do Sul consome anualmente 80 milhões de quilos de
 erva-mate, o que dá quase 10 quilos por habitante. Apenas 48% 
desse volume, entretanto, é produzido no Estado. Mais da metade 
da matéria-prima do chimarrão dos gaúchos vem de Santa Catarina 
e do Paraná.

Melhorias a caminho
O protótipo do chimarrão expresso custou R$ 9.550 e foi desenvolvido 
em cerca de 45 dias. A fabricação começou logo após a Copa do Mundo no Brasil,
 quando a ervateira Elacy notou uma maior procura por quantidades menores
 de erva do que as versões comerciais. 

Depois de vários ajustes, o display começou a ser testado, em março deste ano, em pequenos eventos na região de Venâncio Aires.

"A partir de uma produção comercial, esperamos reduzir o preço de cada display 
em cerca de 30%, o que significa R$ 7.000 para o consumidor final.
 Ainda é um investimento caro para as ervateiras, especialmente 
nessa época de crise, mas já percebemos que há demanda. 
Prospectamos dez empresas interessadas, com encomendas
 já encaminhadas", informou o diretor da Gemini, Louvânio Vaz.

A empresa também estuda a possibilidade de alugar máquinas 
para exploração comercial.

Segundo Vaz, ainda há ajustes a fazer. Por exemplo, aumentar a 
capacidade de água quente (no modelo atual é de 12 litros) e 
desenvolver outros tamanhos de embalagens (50g ou 100g) para cuias menores.

Fonte: Flávio Ilha Do UOL em Esteio (RS)/Portal Infocosrs

Reactions

Postar um comentário

0 Comentários